"Qualquer passagem para o Líbano constitui uma violação da soberania libanesa e da integridade territorial, bem como uma violação das resoluções" da ONU", afirmaram os 'capacetes azuis' em comunicado.
Embora a UNIFIL tenha adiantando que recebeu na segunda-feira um aviso sobre as intenções de Israel, a missão de paz garantiu que "não há, neste momento, qualquer incursão terrestre israelita" no Líbano.
À luz deste "desenvolvimento perigoso", a UNIFIL instou "todos os intervenientes a absterem-se de tais atos de escalada [do conflito], que só levarão a mais violência e derramamento de sangue".
"O preço de continuar com o atual curso de ação é demasiado elevado. Os civis devem ser protegidos, as infraestruturas civis não devem ser atacadas e o direito internacional tem de ser respeitado", lembrou a missão da ONU.
Por outro lado, a UNIFIL confirmou que as forças de manutenção da paz permanecem em campo, embora estejam a "ajustar periodicamente" as suas posições e atividades e indicou que tem "planos de contingência prontos para serem ativados se for absolutamente necessário".
"A segurança das forças de manutenção da paz é fundamental e lembramos todos os intervenientes da sua obrigação de a respeitar", afirmou a UNIFIL depois de insistir que "a única solução viável" para travar a violência é a implementação das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O porta-voz do secretariado-geral da ONU, Stéphane Dujarric, disse na segunda-feira que as forças da UNIFIL, composta por cerca de 10 mil soldados de 50 nacionalidades, estão guarnecidas nas suas bases e não realizam patrulhas durante a noite devido à intensidade dos combates.
No entanto, não excluiu a possibilidade de uma eventual retirada destes militares em caso de invasão terrestre por Israel e observou que "existem sempre planos de contingência em vigor".
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