"Todas as afirmações sionistas de que as forças de ocupação entraram no Líbano são falsas", disse o chefe do departamento de informação do Hezbollah, citado pelas agências internacionais.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram ter iniciado na noite passada ataques terrestres "limitados, localizados e direcionados" contra "alvos terroristas e infraestruturas do Hezbollah no sul do Líbano".
"Estes alvos estão localizados em aldeias perto da fronteira e representam uma ameaça imediata para as comunidades israelitas no norte de Israel", frisaram as FDI, numa nota na rede social Telegram.
O porta-voz do Hezbollah, Mohammed Afifi, afirmou entretanto que "não houve confrontos diretos no terreno" com as tropas israelitas.
Afifi disse ainda que os combatentes do Hezbollah estão prontos "para um confronto direto com as forças inimigas que ousem ou tentem entrar no Líbano para lhes infligir baixas".
Advertiu ainda que o facto de o Hezbollah ter disparado mísseis de médio alcance contra o centro de Israel "é apenas o começo".
O Hezbollah reclamou hoje um ataque com mísseis contra a sede da Mossad e outras instalações dos serviços de informações israelitas no centro de Israel "em retaliação" pelo assassinato de Hassan Nasrallah, líder do partido xiita libanês.
A missão de paz da ONU no Líbano (UNIFIL) avisou hoje que qualquer entrada de Israel no território libanês constituirá uma violação de soberania, adiantando ter sido notificada pelo exército israelita da "intenção de realizar incursões terrestres limitadas".
"Qualquer passagem para o Líbano constitui uma violação da soberania libanesa e da integridade territorial, bem como uma violação das resoluções da ONU", afirmaram os "capacetes azuis" (como são conhecidos os elementos que integram as missões da ONU) em comunicado.
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