A menina de 14 anos que foi alvo de um ataque com ácido numa escola no oeste de Londres, em Inglaterra, está “traumatizada” e “assustada” com as eventuais consequências para a sua vida, apesar de se encontrar em condição estável.

Além da menor, um adolescente de 16 anos e uma funcionária de 27 anos foram atingidos pela substância, na segunda-feira, quando estavam no exterior da Westminster Academy, em Paddington.

O jovem sofreu ferimentos que não colocavam a sua vida em perigo, enquanto a trabalhadora, que tinha ido em auxílio dos alunos, foi transportada para uma unidade hospitalar e teve alta pouco depois.

Corey McFarlane, pai da menina de 14 anos, disse ao The Evening Standard que a filha está estável, mas “está muito traumatizada”.

“Está muito assustada com os seus ferimentos. É uma rapariga jovem e estas cicatrizes podem ser para toda a vida. Está muito preocupada com isso e tem perguntado sobre isso”, disse, tendo dado conta de que a jovem sofreu queimaduras no lado esquerdo da cara.

O homem, que tem estado junto da filha, confessou ainda que sua primogénita, de 16 anos, “não se sente segura para ir à escola” desde o ataque.

“Não consigo explicar o que estou a sentir - palavras não conseguem explicar”, disse, acrescentando que a família “não faz ideia” do motivo do agressor.

Na quarta-feira, as autoridades ainda procuravam o responsável, que foi descrito como sendo um homem negro, alto e magro, que envergava roupa escura e que tinha a cara tapada. O agressor fugiu do local numa e-scooter.

Dois agentes da polícia também foram levados para um hospital “por precaução”, uma vez que reportaram não se sentirem bem.

A instituição de ensino foi encerrada na terça-feira por “circunstâncias imprevistas”, mas os alunos tiveram aulas online.

A família da menina de 14 anos lançou uma angariação de fundos para colmatar as despesas dos tratamentos hospitalares, tendo arrecadado 1.150 libras (1.380 euros) de um objetivo de nove mil libras (10.799 euros) até ao momento.

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