"Denunciamos ao mundo como a onda repressiva do regime está a intensificar-se. Agora contra Rafael Ramírez Colina, o atual presidente da câmara de Maracaibo, a segunda maior cidade da Venezuela, e outros membros da sua equipa" denunciou a opositora na sua conta do X, antigo Twitter.
Na mesma rede social María Corina Machado denuncia ainda que o regime está a usar a repressão para tentar dividir a oposição.
"Com esta onda de terror, o regime procura quebrar a vontade e dividir o enorme movimento social que se manifestou a 28 de julho e derrotou a tirania", afirma, numa alusão às últimas eleições presidenciais venezuelanas.
Entretanto, o seu partido Vente Venezuela, denunciou hoje a detenção de Júlio Itriago, coordenado do partido em Anzoátegui e exigiu que seja libertado de imediato.
Segundo o Comité de Direitos Humanos do partido Vente Venezuela, pelo menos 151 políticos opositores e ativistas dos direitos humanos estão detidos na Venezuela.
A organização não-governamental (ONG) venezuelana Fórum Penal (FP) denunciou hoje que estão detidas no país por motivos políticos 1.905 pessoas, o número mais elevado no século XXI.
Segundo o FP, na última semana foram detidas 40 pessoas, faltando inclui os dados das detenções das últimas 48 horas.
A Venezuela realizou eleições presidenciais no passado dia 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Nicolás Maduro com pouco mais de 51% dos votos.
A oposição venezuelana contesta os dados oficiais e alega que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia -- atualmente exilado em Espanha -, obteve quase 70% dos votos.
Oposição e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente.
Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.
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