Nyusi pede voto em Chapo para acabar o trabalho
O presidente da Frelimo, Filipe Nyusi, que é também chefe de Estado moçambicano, apelou hoje ao voto em Daniel Chapo para Presidente da República nas eleições de quarta-feira, em quem "confia" para fazer o que não conseguiu.
© Lusa
Mundo Moçambique
"Chapo, Chapo, Chapo", gritou Nyusi, ao subir ao palco do campo de Bedene, na Matola, arredores de Maputo, para encerrar, ao lado do candidato da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), 44 dias campanha para as eleições gerais de 09 de outubro, perante milhares de apoiantes que lotaram o espaço.
"Alguma dúvida que em dia 09 é só Chapo? Com esta enchente há alguma dúvida? Alguém foi obrigado a vir para aqui", questionou Filipe Nyusi, logo após cantar e dançar ao lado de Daniel Chapo.
"Chapo é um jovem que não zanga. (...) [fez campanha] sem falar mal de ninguém", disse, garantindo que o candidato é "a estrela da Frelimo" que "vai à Ponta Vermelha", a residência oficial do Presidente moçambicano.
"Ele tem uma grande capacidade de unir os moçambicanos", considerou Nyusi, que termina o mandato como chefe de Estado.
"E eu confio no Chapo", apontou, assumindo que vai terminar o seu trabalho: "Aquilo que não consegui fazer".
Moçambique realiza na próxima quarta-feira as sétimas eleições presidenciais - às quais já não concorre o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos - em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.
A campanha eleitoral, que arrancou em 24 de agosto, termina hoje e Daniel Chapo já fez, desde a sua escolha em maio pela Frelimo, mais de duas voltas ao país, com três comícios por dia.
Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar na quarta-feira, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, segundo dados da Comissão Nacional de Eleições.
Concorrem ainda à Presidência Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição, Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, e Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos).
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