O ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, comentou, este domingo, a decisão de Israel de declarar o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o português António Guterres, como 'persona non grata'.
Numa publicação na plataforma Telegram, o russo defendeu que "todos os líderes de países hostis e organizações internacionais deveriam ser declarados 'persona non grata'".
"Israel decidiu declarar o secretário-geral da ONU 'persona non grata'. Que ideia! Todos os líderes de países hostis e organizações internacionais deveriam ser declarados indesejáveis. E então não haveria necessidade de nos reunirmos. E os problemas desapareceriam por si próprios", atirou. 'Persona non grata', sublinhe-se, vem do latim e significa 'pessoa indesejável' ou 'não bem-vinda'.
Na semana passada, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, anunciou ter declarado o secretário-geral da ONU "persona non grata" no país, criticando-o por não ter condenado o ataque massivo do Irão a Israel na noite de terça-feira.
"Qualquer pessoa que não possa condenar inequivocamente o ataque hediondo do Irão a Israel não merece pôr os pés em solo israelita. Estamos a lidar com um secretário-geral anti-Israel, que apoia terroristas, violadores e assassinos", disse Katz num comunicado.
Guterres condenou o alargamento do conflito no Médio Oriente "com escalada após escalada" e apelou a um cessar-fogo imediato após o Irão atacar Israel com mísseis.
"Condeno o alargamento do conflito no Médio Oriente com escalada após escalada. Isso deve parar. Precisamos absolutamente de um cessar-fogo", frisou o ex-primeiro-ministro português, através da rede social X.
Leia Também: Guterres pede fim do "derramamento de sangue" em Gaza e no Líbano