Venezuelanos emigrados já são 9 milhões e continuam a aumentar

Cerca de nove milhões de venezuelanos estão emigrados em 90 países e o número continua a crescer, sobretudo para países ocidentais, num cenário de crise política, económica e social no país latino-americano, segundo o Observatório da Diáspora Venezuela (ODV).

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Lusa
06/10/2024 19:43 ‧ 06/10/2024 por Lusa

Mundo

Venezuela

"A migração continua. Temos atualmente nove milhões de venezuelanos distribuídos em 90 países, e [o número] continua a aumentar", disse o diretor da ODV, Tomás Páez, à Unión Rádio.

 

Páez referiu que, na última sondagem feita pelo ODV, 68% dos 1.020 emigrantes questionados responderam afirmativamente à pergunta sobre se tinham familiares ou amigos que pensam emigrar.

"Isso é coerente com as conclusões de outros estudos e inquéritos realizados por empresas privadas e organizações não governamentais. Há uma tendência da diáspora continuar a aumentar", sublinhou.

Tomás Páez adiantou que os venezuelanos quando emigram procuram países democráticos - não a Rússia, nem a China - movem-se fundamentalmente em direção aos EUA, à Espanha e para países do mundo ocidental democrático, onde são bem acolhidos.

"A atitude e as políticas dos países em relação à diáspora venezuelana, não só na América Latina, mas também em Espanha, Portugal, Itália, e outros países europeus onde a diáspora está estabelecida, devem ser objeto de um enorme reconhecimento por terem acolhido os venezuelanos da forma como o fizeram", sublinhou.

Tomás Páez explicou ainda que primeiro emigraram os venezuelanos "em idades produtivas e reprodutivas", dos 18 aos 50 anos, o que tem feito mudar a estrutura populacional da Venezuela.

"Depois, estes jovens acolhem os familiares maiores (anciãos), porque as condições de vida do país de acolhimentos são melhores (...) e depois as crianças", disse Páez.

Alguns países da América Latina, como a Colômbia, o Brasil e o Equador, têm tido um trato e hospitalidade particular, permitindo acolher de venezuelanos sem passaportes, com bilhetes de identidade e outros documentos caducados, ajudando-as aplicando políticas para regularizar a sua situação, adiantou.

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