O líder do movimento, Abdul Malik al-Huthi, destacou a colaboração de vários grupos contra Israel, numa referência ao Hamas em Gaza e ao Hezbollah no Líbano.
Ao longo deste ano, o mundo assistiu ao "apoio contínuo das frentes libanesa, iraquiana e iemenita" nos combates na Faixa de Gaza, um "acontecimento sem precedentes" na história do conflito israelo-árabe.
"Nesta ronda de confrontação com o inimigo israelita, uma das bênçãos do 'Dilúvio de Al Aqsa' (o ataque do movimento armado islamita Hamas contra Israel, a 07 de outubro de 2023) é que vimos estas frentes, firmes, leais e contínuas no seu apoio, avançarem para uma nova escalada", disse.
O dirigente recordou que os Hutis lançaram "mais de mil mísseis e drones" contra Israel, para além de atacarem 193 navios "associados ao inimigo israelita, aos britânicos e americanos".
"O apoio da frente do Iémen tem sido feito com operações pesadas e graves, e um dos seus efeitos tem sido impedir a navegação israelita através do Mar Vermelho, do Golfo de Aden, do Estreito de Bab al Mandab e do Mar Arábico", explicou.
Além disso, acrescentou, "o inimigo dentro da Palestina ocupada e os navios associados a ele no Oceano Índico e no Mar Mediterrâneo também foram atacados".
Al-Huthi recordou ainda que as forças israelitas, americanas e britânicas bombardearam o Iémen por mar e ar, "com 774 ataques que resultaram em 82 mártires (mortos) e 340 feridos".
"A sua agressão militar, por maior que seja e por maiores que sejam os sacrifícios, não nos vai demover da nossa posição", disse, antes de referir que vão continuar a fazer "tudo o que puderem" neste conflito.
Os rebeldes Hutis do Iémen integram o chamado "Eixo da Resistência", uma coligação liderada pelo Irão e contra Israel de que fazem parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e o movimento xiita libanês Hezbollah.
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