Japão. É livre o homem que esteve mais tempo no corredor da morte

Iwao Hakamada, de 88 anos, esteve preso desde 1966 até 2014, depois de ser considerado culpado pelo assassinato de quatro pessoas, no Japão.

Notícia
AnteriorSeguinte

© Getty Images

Maria Gouveia
08/10/2024 17:05 ‧ 08/10/2024 por Maria Gouveia

Mundo

Iwao Hakamada

Depois de mais de meio século de batalhas legais, os procuradores japoneses revelaram que não vão interpor recurso contra a absolvição de Iwao Hakamada, um ex-lutador condenado à morte.

 

Hakamada tinha sido declarado culpado do assassinato de um empresário e de três familiares do mesmo, tendo depois ateado fogo à casa, no centro do Japão, em 1966. Depois de 48 anos atrás das grades, no corredor da morte, foi pedido um novo julgamento, em 2014, que culminou com a sua libertação provisória.

Agora, 58 anos depois da sua condenação, o japonês de 88 anos é oficialmente um homem livre.

Segundo a imprensa internacional, o Tribunal de Shizuoka concluiu que polícias e procuradores colaboraram para incriminar Iwao Hakamada. O tribunal revelou, também, que o japonês foi obrigado a confessar o crime, depois de muitas horas de interrogatórios.

O procurador-geral Naomi Unemoto pediu desculpa por Hakamada ter ficado “numa situação de legalidade instável durante demasiado tempo”. Também a irmã do condenado mais antigo no corredor da morte reagiu, dizendo que estava “satisfeita” com o encerramento do caso.

O agora antigo condenado vai receber uma indemnização do governo japonês, que poderá chegar a 200 milhões de iénes (1,2 milhões de euros).

Leia Também: Japão vai inspecionar aeroportos após explosão de bomba da II Guerra

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas