Israel confirma operação em setembro para destruir fábrica de mísseis

As forças israelitas confirmaram hoje que dezenas de militares foram transportados de helicóptero para a Síria em setembro, para destruir uma fábrica subterrânea de mísseis apoiada pelo Irão e que estava a ser vigiada há anos.

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© Mostafa Alkharouf/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
02/01/2025 17:02 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Síria

A operação, realizada em 8 de setembro, mobilizou mais de cem militares da unidade Shaldag, que destruíram a fábrica após desembarcarem no seu complexo, na região de Masyaf, noroeste da Síria, informou o exército israelita em comunicado.

 

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), sediado no Reino Unido e com uma vasta rede de informadores na Síria, relatou na altura a morte de 27 pessoas durante a operação.

O exército israelita, que não comunicou o número de vítimas, raramente comenta os seus ataques na Síria, mas tem afirmado repetidamente que não permitirá que o Irão expanda a sua presença neste país.

"Os soldados aterraram usando helicópteros, com o apoio de caças e navios da marinha israelita para disparar e recolher informações", descreveu o exército , acrescentando que "destruíram o complexo e regressaram em segurança ao território israelita".

O complexo, segundo os militares israelitas, incluía linhas de montagem avançadas concebidas para fabricar mísseis guiados com precisão e 'rockets' de longo alcance, "aumentando assim significativamente o fornecimento de mísseis ao [grupo xiita libanês] Hezbollah e a outros grupos terroristas iranianos" na região.

"Esta fábrica de mísseis guiados com precisão foi escavada na encosta de uma montanha subterrânea na região de Masyaf", indicou o porta-voz do exército , Nadav Shoshani, referindo que a maioria dos componentes era proveniente do Irão e que a unidade tinha capacidade para produzir centenas de mísseis por ano.

O exército destruiu também um centro de investigação científica utilizado para o desenvolvimento de armamento e no qual trabalhavam especialistas iranianos, informou na altura o OSDH, numa ofensiva condenada por Teerão, que a considerou um "ataque criminoso".

Desde a queda do Presidente sírio, Bashar al-Assad, afastado do poder em 08 de dezembro por uma coligação de rebeldes, Israel realizou centenas de ataques em território sírio visando instalações militares, alegando que pretende evitar que o arsenal do regime anterior possa ser usado contra o seu território.

Leia Também: Israel bombardeou a Síria pelo menos 347 vezes em 2024

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