Agentes federais apreenderam mais 150 bombas caseiras e outros explosivos feitos no mesmo âmbito, naquela que foi a "maior apreensão de explosivos caseiros na História do FBI".
A notícia é avançada esta quinta-feira pela Associated Press (AP), que dá conta de que o suspeito de as fazer foi detido no mês passado, na sequência de uma investigação que começou em 2023.
Segundo o que é explicado, a maioria os dispositivos - conhecidos como bombas de cano - foram encontrados numa garagem separada da sua residência no Condado de Isle of Wight, no estado norte-americano de Virgínia. No entanto, de acordo com os documentos do tribunal citados pela AP, "várias outras aparentes bombas de cano foram encontradas numa mochila numa divisão da casa, completamente desprotegidas". Note-se que o suspeito vivia com a mulher e dois filhos pequenos.
A denúncia que levou a esta investigação foi feita por um amigo do suspeito, identificado como Brad Spafford. As autoridades foram avisadas de que este homem, com agora 36 anos, tinha desfigurado a sua mão em 2021 aquando estava a fazer explosivos caseiros. Os procuradores confirmaram que este homem tinha apenas dois dedos na mão direita.
🇺🇸 CHILLING TIMING: FBI'S RECORD BOMB BUST COMES AS TERROR HITS US CITIES
— Mario Nawfal (@MarioNawfal) January 2, 2025
FBI found 150+ explosives at Brad Spafford's Virginia farm, including pipe bombs marked "lethal."
The suspect told neighbors he was "preparing for something" that "he would not be able to do alone" -… https://t.co/svzHwlVngN pic.twitter.com/1VmUZ613na
Para além disto, o mesmo informante referiu que Spafford estava a usar uma fotografia do presidente, numa referência que se acredita ser a Joe Biden, para praticar. O denunciante contou ainda que o agora suspeito "acreditava que os assassinatos políticos deviam voltar" a acontecer.
As autoridades fizeram as buscas a 17 de dezembro e localizaram uma espingarda, assim como os explosivos - alguns dos locais estavam descritos como "letais". Havia alguns destes explosivos que estavam mesmo localizados num colete. A AP adianta ainda que os técnicos detonaram a maior parte dos engenhos no local, por não serem considerados seguros para transporte, embora vários tenham sido guardados para análise.
A defesa argumentou que "os técnicos de explosivos com formação profissional tiveram de manipular os engenhos para os fazer explodir" e que não existiam provas de que o homem "tenha ameaçado alguém e a alegação de que alguém poderia estar em perigo devido às suas opiniões e comentários políticos é absurda".
Apesar de o homem não ter cadastro, os procuradores alegaram que Spafford era perigoso, dado o cenário que foi encontrado na sua casa. "Embora não se saiba que tenha praticado qualquer ato de violência aparente, é certo que manifestou interesse na mesma, através do fabrico de bombas marcadas como 'letais', da sua posse de equipamento anti-motim e de um colete carregado com bombas de cano; do seu apoio a assassinatos políticos e da utilização das fotografias do presidente para praticar tiro ao alvo".
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