As autoridades "querem manter operacionais os terminais terrestres, marítimos e aéreos, a começar pelo aeroporto internacional Rafic Hariri", indicou Ali Hamié, citado pela agência noticiosa francesa, AFP.
"O inimigo [israelita] não poupa nem os civis nem os edifícios residenciais (...), como é que pode dar garantias?", questionou o ministro, acrescentando que, após "contactos internacionais", Beirute obteve "compromissos".
"E há uma grande diferença entre garantias firmes e compromissos", observou.
Na segunda-feira, Washington tinha advertido contra qualquer ataque ao aeroporto ou às estradas que a ele conduzem, nomeadamente para permitir que as pessoas que desejem abandonar o Líbano possam fazê-lo.
Todos os dias, apesar dos ataques que por vezes visam zonas próximas do aeroporto, a companhia aérea nacional do Líbano continua a descolar e a aterrar.
Hamié rejeitou as acusações israelitas de que estão a ser enviadas armas para o movimento xiita libanês Hezbollah através do aeroporto e dos postos fronteiriços nacionais.
"O aeroporto Rafic Hariri está sob a jurisdição legal do Líbano, com a cooperação das alfândegas, da segurança geral, das forças de segurança interna e do Exército", assegurou, acrescentando: "Qualquer avião militar ou que transporte armas deve obter uma autorização prévia do Exército" para aterrar.
Depois de ter enfraquecido o movimento islamita palestiniano Hamas durante uma ofensiva devastadora lançada em Gaza a 07 de outubro de 2023, em retaliação pelo ataque horas antes realizado pelo grupo a Israel, o Exército israelita transferiu, em meados de setembro deste ano, o essencial das suas operações para o Líbano, para combater o Hezbollah, aliado do Hamas.
Na sexta-feira, um ataque israelita cortou a principal estrada que liga o Líbano à Síria, e o posto fronteiriço de Masnaa, pelo qual centenas de milhares de pessoas entraram na Síria em fuga aos bombardeamentos, continua encerrado.
Israel acusa o Hezbollah de fazer circular armas por essa estrada.
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