O grupo apoiado pelo Irão alega ter utilizado mais de 3.300 armas, sobretudo mísseis e 'rockets', representando mais de 62% dos projéteis que disparou desde o início do conflito com Israel, a 08 de outubro de 2023, segundo os dados estatísticos hoje divulgados.
O Hezbollah diz que lançou um total de 1.305 mísseis e 'rockets' superfície-superfície, 760 mísseis teleguiados e apenas 3 mísseis balísticos até à data, enquanto o resto das armas utilizadas são sobretudo artilharia, armas ligeiras e 'drones'.
O grupo afirma ter atacado mais de 4.200 alvos inimigos tanto em Israel como no sul do Líbano, onde há uma semana os militares israelitas iniciaram uma série de operações terrestres que o Hezbollah conseguiu conter.
Segundo o relatório, 86,5% destes ataques foram lançados contra alvos militares, principalmente "posições fronteiriças", postos de controlo, 'drones' e aviões de combate israelitas, quartéis, bases ou unidades de soldados.
O grupo xiita informa também ter repelido 22 "infiltrações" no sul do Líbano. Os restantes 570 ataques foram dirigidos contra colonatos, muitos deles localizados no norte de Israel.
Da mesma forma, o grupo relata o impacto dos seus ataques que terão causado a destruição de mais de 3.000 veículos militares, 'drones', fortificações, centros de comando, balões espiões e fábricas, mas também 14 plataformas do sistema de defesa militar 'Iron Dome', também conhecido como Cúpula de Ferro.
O Hezbollah afirma ainda que estas ações afetaram principalmente um raio de 30 quilómetros no norte de Israel e provocaram a evacuação de mais de uma centena de colonatos.
O ataque mais profundo levado a cabo pelo grupo ocorreu a 150 quilómetros de distância - aproximadamente a altura do centro de Israel se o projétil fosse disparado de uma área próxima da divisão - e o Hezbollah afirma que estas ações causaram a morte e ferimentos a mais de 2.000 pessoas, principalmente militares.
O atual conflito no Médio Oriente eclodiu há mais de um ano, quando o grupo extremista palestiniano Hamas lançou uma ofensiva sem precedentes no sul de Israel, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
O ataque desencadeou uma operação militar israelita contra a Faixa de Gaza que, até à data, causou a morte de cerca de 42.000 palestinianos.
No dia seguinte ao ataque do Hamas, o Hezbollah lançou mísseis através da fronteira libanesa para o norte de Israel para apoiar o grupo palestiniano ao criar uma nova frente de guerra.
Israel respondeu durante um ano, mas, em meados de setembro, intensificou as operações com uma série de bombardeamentos, incluindo em Beirute, que desmembraram a milícia islamita.
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