Uma mulher roubou 85 mil libras (cerca de 101 mil euros) de uma fundação de caridade contra o cancro em memória da filha da melhor amiga, em Glasgow, na Escócia. Foi condenada a uma pena de três anos na prisão.
Lindsay MacCullum, de 61 anos, criou a Fundação Rainbow Valley ao lado da melhor amiga Angela MacVicar, que perdeu a filha Johanna em 2005, aos 27 anos, com leucemia. O objetivo seria ajudar aqueles que se encontram a enfrentar a mesma doença, assim como os seus familiares.
A mulher admitiu o crime, que praticou entre 2011 e 2021, e confessou ter desviado outras 9500 libras (cerca de 11 mil euros) da instituição de caridade Anthony Nolan, onde trabalhou entre 1995 a 2012. Um juiz afirmou que o crime trouxe "devastação" a quem confiava nela.
"Eu adorava-a e confiava nela, e ela estava numa posição de confiança", disse Angela MacVicar sobre as ações da, até então, melhor amiga relatando que ficou "desolada" quando descobriu o que Lindsay MacCullum tinha feito e que ela "enganou toda a gente".
O par trabalhou durante 10 anos na instituição até um desentendimento em 2022 as ter afastado o que fez com que fossem levantadas suspeitas sobre um possível desvio, após MacVicar ter-se deparado com discrepâncias na conta criada para a fundação.
Para receber os donativos da fundação, a mulher abriu uma conta bancária onde entrava o dinheiro para a Rainbow Valley e fazia com que estas fossem direcionadas para uma outra conta bancária a que ela tinha acesso total. Assim que recebia os valores, transferia os mesmos para a sua conta pessoal ou usava diretamente o dinheiro para pagar as suas despesas pessoais. Forjou também assinaturas de funcionários da caridade. Em tribunal, declarou ter intenção de devolver todo o dinheiro que desviou.
"Fez alguns pedidos de desculpa, e foram à família dela, mas não foi feita nenhuma menção ao que ela fez à nossa família e ao nome da minha filha e eu sinto que ela lamenta ter sido apanhada", avançou Angela MacVicar que pede que as pessoas se lembrem que as ações foram de "uma única pessoa", e afirma que pretende continuar a missão da Fundação em nome da filha Johanna.
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