Na rede social X, a diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Catherine Russell, anunciou que foram acordadas com o Governo de Israel e o movimento islamita Hamas "pausas humanitárias em zonas específicas" para vacinar 590.000 crianças palestinianas com menos de 10 anos com a segunda dose.
Isto significa que, tal como aconteceu com a primeira dose de vacina, em setembro, não se trata de uma trégua geral nos bombardeamentos de Gaza, mas sim de "uma trégua orientada no espaço e no tempo".
As vacinas e todo o equipamento necessário nas suas respetivas câmaras frigoríficas já chegaram aos armazéns a partir dos quais serão administradas, disse.
A campanha de vacinação de setembro, realizada pela UNICEF, Organização Mundial de Saúde (OMS) e Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA), foi saudada pela ONU como "um grande sucesso humanitário"
"Este sucesso mostra que, quando os acordos são cumpridos, podemos alcançá-lo", acentuou Russel.
Ao mesmo tempo, a diretora executiva da UNICEF recordou que as crianças em Gaza vivem em condições sanitárias e de higiene "terríveis", razão pela qual as novas doses de vacinas incluirão suplementos de vitamina A para reforçar o sistema imunitário dos menores no enclave palestiniano.
Apesar da aceitação destas pausas específicas e limitadas, o Governo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, continua a recusar um cessar-fogo global, tendo o seu executivo prometido continuar a guerra até atingir o objetivo de trazer para casa os reféns do Hamas, que se estima rondar uma centena.
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