"Neste momento" não há qualquer ideia de reposicionar a força de paz da FINUL sob fogo no sul do Líbano, declarou o porta-voz da ONU Farhan Haq, em resposta a perguntas da comunicação social.
Dois capacetes azuis indonésios e dois cingaleses foram feridos nos alegados ataques, que o Exército israelita diz terem sido acidentes em confrontos com o movimento xiita libanês Hezbollah, que está, segundo Israel, a usar as tropas da ONU como escudos humanos.
Na quinta-feira, o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, transmitiu às autoridades israelitas a importância de garantir a segurança das tropas da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL).
Austin manteve então uma conversa telefónica com o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, - quando ainda havia só dois capacetes azuis feridos - na qual discutiram a situação no Médio Oriente e a evolução da ofensiva israelita no Líbano e também na Faixa de Gaza.
"O secretário Austin também sublinhou a importância de garantir a segurança das forças da FINUL na zona e instou à coordenação de esforços para se passar das operações militares para uma via diplomática o mais rapidamente possível", segundo um comunicado do Pentágono.
Austin também transmitiu a Gallant o seu "férreo apoio ao direito de Israel a defender-se" e reiterou o empenho dos Estados Unidos num acordo que facilite o regresso seguro dos civis - libaneses e israelitas - às suas casas de ambos os lados da fronteira.
Os dois responsáveis da Defesa debateram "a grave situação humanitária" na Faixa de Gaza, mais de um ano após o início da ofensiva israelita, que causou mais de 42.100 mortos e foi desencadeada em retaliação a um ataque do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, que matou 1.205 pessoas e sequestrou 251.
"O secretário deixou claro que os Estados Unidos estão bem posicionados para defender o seu pessoal, parceiros e aliados contra ataques do Irão e de parceiros e operacionais apoiados pelo Irão [e] os dois líderes reiteraram o compromisso de impedir que qualquer ator explore as tensões ou faça alastrar o conflito na região", indicou o Departamento da Defesa norte-americano a concluir o comunicado.
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