Líbano "não procura a guerra", mas também recusa "agressão israelita"

O ministro da Defesa libanês afirmou este sábado que o Líbano "não procura a guerra", mas "não aceita a agressão israelita", apelando à comunidade internacional para "forçar Israel" a implementar a resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU.

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© Emilie Madi/Reuters

Lusa
12/10/2024 13:53 ‧ 12/10/2024 por Lusa

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Líbano

"A exigência do Líbano de um cessar-fogo e o seu compromisso com a implementação da resolução 1701 em todos os seus aspetos confirma mais uma vez que não procuramos a guerra, mas ao mesmo tempo não aceitamos a continuidade da agressão criminosa israelita contra pessoas inocentes", afirmou Maurice Sleem.

 

O ministro libanês pediu, em declarações reproduzidas pela agência notícias libanesa NAA, que "a comunidade internacional intensifique a pressão sobre Israel para o obrigar a implementar a resolução 1701 e a travar a agressão contra o Líbano".

Esta resolução, que colocou fim à guerra de 2006 entre Israel e o Líbano, estipula o envio do exército libanês para a fronteira entre os dois países e o desarmamento do grupo xiita libanês Hezbollah.

O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, garantiu hoje que o seu país está disposto a enviar o exército para sul e "implementar de forma completa e abrangente" esta decisão internacional, afirmando que o Hezbollah "concorda".

O Hezbollah, por sua vez, disse hoje que a sua "prioridade absoluta é derrotar Israel", mas que "congratula-se com quaisquer esforços diplomáticos para travar a agressão".

Sleem classificou os ataques israelitas ao Líbano como "mais de 35.000 violações aéreas, terrestres e marítimas", uma vez que os israelitas nunca se comprometeram com esta resolução desde a sua emissão em 2006.

"Se a comunidade internacional quer realmente travar a agressão contra o Líbano, deve forçar Israel a cumprir a decisão 1701", sublinhou o ministro libanês.

O ministro libanês ainda condenou "fortemente" os recentes ataques contra as forças de manutenção da paz da ONU no sul do Líbano (FINUL), atribuídos a Israel, e nos quais pelo menos quatro capacetes azuis ficaram feridos nos últimos dois dias.

"Demonstram que o inimigo israelita não está a agir apenas contra o Líbano, mas também contra a paz e a estabilidade em toda a região", concluiu Sleem.

Leia Também: Itália aguarda investigação a ataques contra missão da ONU no Líbano

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