"Embora tenhamos feito esforços consideráveis nos últimos dias para evitar uma guerra generalizada na nossa região, digo claramente que não temos linhas vermelhas para a defesa do nosso povo e dos nossos interesses", escreveu Abbas Araghchi na rede social X à sua chegada a Bagdad.
Em 1 de outubro, o Irão lançou perto de 200 mísseis contra Israel em resposta ao assassinato em Teerão do líder do Hamas palestiniano e às mortes do líder do Hezbollah libanês e de um general dos Guardas da Revolução iraniana, abatido num ataque israelita perto de Beirute.
Após esse ataque iraniano, o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, prometeu que a resposta do seu país seria "mortal, precisa e surpreendente".
A deslocação de Araghchi a Bagdade faz parte de "consultas com países muçulmanos sobre a situação crítica na Faixa de Gaza e no Líbano, após os "ataques genocidas e agressões do regime israelita", declarou também no X o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Esmaïl Baghaï.
Bagdade é contra "uma guerra alargada" contra o Irão e uma "utilização do espaço aéreo iraquiano", afirmou por sua vez o ministro dos Negócios Estrangeiros iraquiano, Fouad Hussein.
Israel está em guerra com o Hamas na Faixa de Gaza, após um ataque numa escala sem precedentes perpetrado pelo movimento islamista palestiniano no seu território, em 07 de outubro de 2023.
No dia seguinte a este ataque, o Hezbollah pró-iraniano abriu uma frente contra Israel a partir do sul do Líbano, afirmando agir em apoio do Hamas.
Depois de Bagdad, o chefe da diplomacia iraniana segue para Omã, segundo a agência de notícias iraniana Isna.
Na quinta-feira, Araghchi deslocou-se ao Qatar e no dia anterior à Arábia Saudita, após ter visitado o Líbano e a Síria.
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