União Europeia considera "inaceitável" ataque israelita a forças da ONU
A União Europeia manifestou hoje a sua "profunda preocupação" com a escalada de violência entre Israel e o Líbano e considerou "inaceitáveis" os ataques das Forças Defesa Israelitas (IDF) a forças de manutenção de paz da ONU.
© FREDERICK FLORIN/AFP via Getty Images
Mundo Médio Oriente
"Tais ataques contra as forças de manutenção da paz da ONU (Organização das Nações Unidas) constituem uma grave violação do direito internacional e são totalmente inaceitáveis. Estes ataques devem parar imediatamente", lê-se numa declaração do Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell.
Na declaração, é manifestada a "sua profunda preocupação" com a recente escalada ao longo da "Linha Azul" e os ataques sobre a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL, na sigla em inglês), que deixaram vários 'capacetes azuis' feridos.
"Todos os intervenientes têm a obrigação de tomar as medidas necessárias para garantir a segurança do pessoal e dos bens da ONU e de respeitar sempre a inviolabilidade das instalações da ONU", defende o organismo.
Nesse sentido, a União Europeia diz estar preocupada com o lançamento contínuo de projéteis pelo Hezbollah contra Israel, mas também com os ataques das IDF em "áreas densamente povoadas" do Líbano.
"Instamos todas as partes a respeitarem o Direito Internacional Humanitário, em todas as circunstâncias. A União Europeia reitera o seu apelo a um cessar-fogo imediato no Líbano", conclui o texto da declaração.
Também este domingo o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou hoje para que as forças de manutenção de paz no Líbano sejam mantidas em segurança e lembrou que ataques contra 'capacetes azuis' podem constituir um crime de guerra.
O Exército israelita assumiu que um dos seus tanques atingiu hoje um posto dos 'capacetes azuis' da ONU no Líbano, onde defronta o movimento Hezbollah.
Há três semanas que Israel realiza uma intensa campanha de bombardeamentos contra o sul e o leste do Líbano, assim como contra a capital, Beirute, além de uma ofensiva terrestre.
Mais de 1.500 pessoas foram mortas durante estas quase três semanas, de um total de mais de 2.200 que perderam a vida num ano de fogo cruzado entre Israel e o Hezbollah.
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