Homem condenado a 21 anos de prisão por "alta traição" à Rússia

Um residente de Sebastopol, na Crimeia ucraniana anexada por Moscovo, foi condenado na Rússia a 21 anos de prisão por "alta traição" a favor da Ucrânia, anunciaram hoje os serviços de segurança russos (FSB).

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Lusa
14/10/2024 08:50 ‧ 14/10/2024 por Lusa

Mundo

Ucrânia

Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, os julgamentos por "sabotagem", "traição", "terrorismo" ou "espionagem" -- que geralmente acarretam penas pesadas -- aumentaram como forma de limitar os protestos.

 

Segundo a filial regional do FSB, um homem de Sebastopol terá sido recrutado pelos serviços especiais ucranianos (SBU) em 2022.

Foi agora considerado culpado por alegadamente ter transferido para a Ucrânia informações sobre a localização de unidades militares russas em Sebastopol, porto de origem da Frota do Mar Negro da Rússia, segundo citam agências de notícias russas.

Os investigadores acreditam que o homem, cuja idade não foi revelada, também se preparava para incendiar um edifício administrativo desta cidade e realizou formação para o efeito, antes de ser detido pelo FSB.

Por estas razões, o Tribunal Militar Regional do Sul, em Rostov-on-Don (sul), condenou-o a 21 anos de prisão, afirma o comunicado de imprensa do FSB.

Desde que o ataque russo na Ucrânia começou, há mais de dois anos e meio, milhares de pessoas foram sancionadas, ameaçadas ou presas na Rússia devido à sua oposição ao conflito.

Leia Também: Tribunal russo decreta detenção de jornalista da CNN por reportagem em Kursk

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