Li chegou hoje a Islamabade para a reunião de dois dias da Organização de Cooperação de Xangai, que arranca na terça-feira, para discutir a melhor forma de reforçar a segurança e os laços económicos entre os Estados membros.
Ele é o primeiro primeiro-ministro chinês a visitar o Paquistão em mais de uma década. A sua chegada ocorre uma semana depois de dois trabalhadores chineses terem sido mortos e um outro ter ficado ferido quando um bombista suicida enviado por separatistas da província do Baluchistão, no sudoeste do país, abalroou o seu veículo carregado de explosivos contra uma caravana à porta do maior aeroporto do país, em Karachi.
Oito agentes de segurança paquistaneses ficaram igualmente feridos no atentado de 6 de outubro. O ataque visou alguns dos milhares de chineses que trabalham no Paquistão em projetos relacionados com o Corredor Económico China-Paquistão. Os separatistas acusam-nos de saquear recursos minerais.
Na semana passada, homens armados mataram também 21 mineiros de carvão na mesma província, mas o Exército de Libertação do Baluchistão, separatista, negou o seu envolvimento. As autoridades disseram que ainda estão a tentar determinar quem está por detrás do ataque.
Pelo menos um agente da polícia e três terroristas foram mortos num ataque a uma esquadra da polícia no distrito de Bannu, na província de Khyber Pakhtunkhwa, segundo a polícia. Ninguém reivindicou a responsabilidade, mas é provável que as suspeitas recaiam sobre os Talibãs paquistaneses, que visam frequentemente as forças de segurança em todo o país.
Durante a sua visita de três dias, Li Li encontrar-se-á também com o Presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, e com altos dirigentes políticos e militares.
Segundo o ministério dos Negócios Estrangeiros do Paquistão, a reunião da OCS contará também com a presença de representantes da Rússia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguizistão, Tajiquistão e Uzbequistão. O vice-presidente do Irão e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Índia também estarão presentes.
O Paquistão reforçou a segurança na capital, enviando tropas e proibindo a realização de comícios.
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