As manobras, denominadas Joint Sword-2024B, envolveram o porta-aviões Liaoning, bem como tropas terrestres, marítimas e aéreas do Exército chinês.
De acordo com o porta-voz Li Xi, do Comando do Teatro Oriental do Exército Chinês, as manobras "foram bem-sucedidas e testaram exaustivamente as capacidades de combate das nossas tropas".
"As tropas estão sempre em alerta e continuarão a reforçar o seu treino e os seus preparativos com vista a impedir resolutamente as atividades separatistas de Taiwan", declarou Li, em comunicado.
Os exercícios serviram como um "castigo" para os "atos separatistas" das autoridades da ilha, apontou.
A China refere-se às recentes declarações do líder de Taiwan, William Lai, que afirmou na semana passada, por ocasião do Dia Nacional da República da China (nome oficial de Taiwan), que a República Popular da China "não tem o direito de representar" a ilha.
Estas palavras não agradaram a Pequim, que já avisou que tomará novas medidas contra a ilha se "as forças secessionistas que procuram a independência continuarem a provocar".
A ação de hoje é a quinta vez que a China recorre a este tipo de manobras desde 2022, ano em que realizou a primeira deste calibre em resposta à visita da então presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan, que enfureceu Pequim e elevou as tensões entre os dois lados do Estreito a níveis nunca vistos em décadas.
Washington manifestou hoje a sua preocupação com os exercícios, sublinhando que são injustificados e podem aumentar as tensões na região.
Em resposta, a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, declarou em conferência de imprensa que, se os Estados Unidos estão interessados na paz entre os dois lados do estreito, "devem respeitar o princípio de 'uma só China', não enviar sinais errados às forças pró-independência e deixar de vender armas Taiwan".
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