"Durante a sua visita, o ministro da Defesa russo manterá várias conversações com os líderes militares e político-militares do país", disse a mesma fonte.
A visita acontece numa altura em que o Ocidente acusa Pequim de apoiar Moscovo no seu esforço de guerra na Ucrânia, país que invadiu em fevereiro de 2022.
A tutela russa divulgou um vídeo que mostra Andrei Belooussov a ser recebido pelo seu homólogo chinês, Dong Jun.
A visita, só agora anunciada, ocorre uma semana antes da cimeira dos BRICS (grupo de economias emergentes) em Kazan, na Rússia, durante a qual o Presidente chinês, Xi Jinping, deve manter conversações com o seu homólogo russo, Vladimir Putin.
Os dois líderes são parceiros próximos e reuniram-se em dezenas de ocasiões ao longo dos últimos anos para demonstrar a "amizade ilimitada" entre os dois países, que se reforçou ainda mais desde a ofensiva lançada pelo Exército russo contra a Ucrânia.
Em maio passado, Vladimir Putin deslocou-se a Pequim para conversações com Xi Jinping.
A Rússia e a China denunciam conjuntamente o que consideram ser a hegemonia norte-americana nos assuntos internacionais.
Na segunda-feira, os chineses organizaram novas manobras militares em torno de Taiwan, uma ilha que a China considera parte do seu território, mas que é aliada de Washington, o seu principal fornecedor de armas.
Pequim apresenta-se como neutra no conflito na Ucrânia e afirma que não está a fornecer armas a nenhum dos lados. Mas os norte-americanos e os europeus acusam regularmente a China de oferecer à Rússia, que é alvo de importantes sanções ocidentais, um apoio económico crucial para o seu esforço de guerra.
Num sinal de maior cooperação militar, os Exércitos russo e chinês efetuaram várias manobras militares conjuntas nos últimos meses. O exemplo mais recente, segundo Moscovo, foi uma patrulha conjunta de navios das duas frotas no Oceano Pacífico, no início de outubro.
Leia Também: UE deplora exercícios militares chineses perto de território taiwanês