"Vamos prolongar a missão de assistência e instrução militar por mais dois anos e queremos encontrar um consenso para prolongá-la ainda mais, depois da conclusão deste mandato", disse o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, em conferência de imprensa no final de uma reunião ministerial, no Luxemburgo.
Na mesma conferência de imprensa, o representante do bloco comunitário anunciou que a UE "está quase lá" para desbloquear a assistência macrofinanceira à Ucrânia, país que enfrenta desde fevereiro de 2022 uma invasão russa em grande escala.
Mas, de acordo com Borrell, a Ucrânia tem neste momento dois grandes problemas pela frente, questões essas que foram hoje expostas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrii Sybiha.
"O problema da exportação de cereais está a voltar", enumerou Borrell, mencionando também "o contorno das sanções" que, segundo o alto representante, "continua a fazer com que a máquina de guerra russa funcione".
"Não podemos deixar [o Presidente russo, Vladimir] Putin ameaçar a segurança alimentar novamente e utilizar o inverno como uma arma, atacando infraestruturas críticas", afirmou o chefe da diplomacia europeia.
Josep Borrell pediu igualmente mais ambição para "lutar contra o contorno das sanções" impostas pela UE para reduzir as capacidades militares de Moscovo.
"Continuamos a ver componentes ocidentais em armamento russo quando fazemos as perícias", advertiu.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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