A empresa celebrou um acordo judicial no valor de 232 milhões de euros depois de ter sido acusada violar a Lei sobre Práticas de Corrupção no Estrangeiro e a Lei de Controlo da Exportação de Armas.
Numa breve audiência no tribunal federal de Brooklyn, os advogados da RTX não levantaram objeções a nenhuma das alegações constantes dos documentos judiciais, apresentados em conjunto com o acordo.
Nos termos do acordo, a empresa terá de demonstrar boa conduta durante os próximos três anos e meio e promover uma cultura de ética e de cumprimento das leis anticorrupção.
De acordo com o tribunal, os funcionários e agentes da Raytheon ofereceram e pagaram subornos a um funcionário estrangeiro entre 2012 e 2016 para obter uma vantagem na obtenção de negócios lucrativos com as Forças Armadas do Qatar.
A empresa conseguiu então assegurar quatro aditamentos a um contrato existente com o Conselho de Cooperação do Golfo - uma união regional do Bahrein, Kuwait, Omã, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos - e um contrato de fornecimento único de 510 milhões de dólares (470 milhões de euros) para construir um centro de operações conjuntas para os militares do Qatar, refere o tribunal.
A Raytheon lucrou cerca de 36,7 milhões de dólares (33,7 milhões de euros) com os aditamentos ao contrato do Conselho de Cooperação do Golfo e previa lucrar mais de 72 milhões de dólares (66 milhões de euros) com o centro de operações conjuntas, mas o governo do Qatar acabou por não avançar com o negócio, segundo os procuradores.
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