Trata-se de uma acusação direta do partido Congresso Cívico contra a Ação e Solidariedade, formação política no poder na Moldova onde a sociedade mostra fortes divisões face à invasão russa da Ucrânia.
"As autoridades estão a preparar abertamente uma fraude eleitoral. O partido Ação e Solidariedade, o governo, os Serviços de Informações e Segurança e a chefe de Estado, Maia Sandu, criaram as condições para despojar o povo do último direito (voto)", acusou a oposição em comunicado.
Para o partido Congresso Cívico, os líderes do partido no poder estão a reprimir as vozes dissidentes e a impedir a oposição de participar na campanha eleitoral.
"A ausência de uma resistência democrática amplamente organizada e a campanha de difamação contra a oposição criaram um clima propício à impunidade absoluta", declarou o partido Congresso Cívico, apelando à população para que se oponha à "fraude" através da participação eleitoral.
"Só o voto maciço da população contra o regime pode mostrar ao povo o caminho para um presente moderno, progressista e justo", afirmou o partido referindo-se às eleições presidenciais de domingo.
Além da escolha do chefe de Estado, os eleitores vão votar também um referendo sobre a reforma da Constituição do país.
Onze candidatos disputam o cargo de chefe de Estado na Moldova, incluindo a atual presidente.
Por outro lado, a aliança da oposição (Vitória), próxima do regime da Rússia e criada pelo oligarca moldovo Ilan Shor, foi excluída da corrida eleitoral.
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