"Se recebermos esse sinal, vamos sentir que não estamos sozinhos", disse Zelensky, em conferência de imprensa, após participar numa reunião do Conselho Europeu, na capital belga.
Depois de o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) ter dito na quarta-feira que ainda não é o momento para fazer um convite para a Ucrânia aderir à Aliança Atlântica, Zelensky insistiu hoje nesse ponto, um dos cinco que compõem o seu "plano para a vitória" para derrotar a Rússia no conflito iniciado em fevereiro de 2022.
"Isto é importante para a nossa sociedade (...), a arma mais importante é a nossa população. Como é que podemos fortalecer as pessoas? Não só com armamento, mas com certezas, com perspetivas, sobre o que vai acontecer com o país, com as suas crianças, que país vai existir depois da guerra. Estar na NATO é um guarda-chuva de segurança para nós, é uma esperança para o futuro", sustentou o Presidente ucraniano.
O convite para aderir a Aliança Atlântica é também "um sinal para os russos pararem com a guerra", considerou.
Volodymyr Zelensky advertiu ainda que a vontade de lutar da população ucraniana pode esmorecer "se [os países da NATO] não apoiarem todos os pontos".
"Dizem que a segurança da Ucrânia é muito importante para a segurança da Europa. Então passem das palavras às ações", afirmou, recusando que o homólogo russo, Vladimir Putin, estabeleça "linhas vermelhas".
"Não se estabelecem linhas vermelhas com um assassino", frisou.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
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