Em declarações antes do início do Conselho Europeu, Orbán referiu que, apesar de não conhecer oficialmente o plano, considerou "mais do que aterrador" o que ouviu da apresentação de Zelensky na quarta-feira no parlamento ucraniano.
O líder ultranacionalista, que tem relações próximas com Moscovo e cujo país assume atualmente a presidência semestral do Conselho da União Europeia (UE), apontou que o bloco europeu deveria mudar a sua "estratégia de guerra para estratégia de paz".
Hoje, o Conselho Europeu irá discutir os últimos desenvolvimentos da guerra da Ucrânia causada pela invasão russa com a participação presencial em Bruxelas de Zelensky, um dia depois do governante ucraniano ter apresentado o seu "plano de vitória" aos deputados ucranianos que incide, entre outros pontos, em mais meios de dissuasão, em novas discussões para paz e na integração de Kiev na UE e na NATO.
Esta reunião do Conselho Europeu, na qual Portugal está representado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, surge dias depois de os embaixadores dos 27 Estados-membros junto da UE e de os eurodeputados terem aprovado uma proposta para o bloco comunitário avançar com um empréstimo excecional de assistência macrofinanceira de até 35 mil milhões de euros à Ucrânia, no âmbito da iniciativa de 45 mil milhões do G7 (grupo das sete maiores economias mundiais).
Após o aval final dos colegisladores, os ucranianos poderão usar essas verbas para o que necessitarem, incluindo reforçar as suas capacidades militares.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
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