Navio militar alemão da FINUL abate 'drone' na costa do Líbano

Um navio militar alemão ao serviço da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL) abateu hoje um 'drone' ao largo da costa do país, informou o exército alemão.

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© Scott Peterson/Getty Images

Lusa
17/10/2024 17:05 ‧ 17/10/2024 por Lusa

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"O aparelho voador [não tripulado] foi abatido de forma controlada, utilizando um sistema de defesa", disse um porta-voz do comando operacional da Bundeswehr (forças armadas alemãs).

 

O dispositivo estava "nas imediações" da corveta "Ludwigshafen am Rhein" quando foi detetado, adiantou a mesma fonte, sem dar mais pormenores sobre a sua localização.

É o primeiro caso conhecido deste tipo desde a escalada entre o exército israelita e a milícia libanesa pró-iraniana Hezbollah.

Questionado sobre o assunto, o porta-voz recusou-se a confirmar se se tratava do primeiro aparelho voador abatido pelo exército alemão no âmbito desta missão, por razões de "segurança operacional".

O incidente ocorreu hoje de madrugada, após o 'drone' "se ter aproximado de um dos navios da força de intervenção marítima da FINUL ao largo da costa sul do Líbano", disse, por sua vez, o porta-voz da missão de paz da ONU, Andrea Tenenti.

"De acordo com o regulamento, foram utilizadas contramedidas eletrónicas e o 'drone' caiu e explodiu sozinho", afirmou Tenenti, acrescentando que foi aberto um inquérito.

A FINUL, cujos 10.000 soldados estão destacados no sul do Líbano, tem apelado ao cessar das hostilidades desde o início da escalada entre o exército israelita e o Hezbollah.

A Resolução 1701 da ONU estipula que apenas o exército libanês e as forças de manutenção da paz devem ser destacados para o sul do Líbano.

Na semana passada, a FINUL acusou as tropas israelitas de dispararem "repetida" e "deliberadamente" contra as suas posições.

Segundo a mesma fonte, cinco soldados da força de manutenção de paz, também conhecidos como capacetes azuis, ficaram feridos e as posições da missão sofreram "muitos danos".

O movimento xiita libanês Hezbollah está envolvido num fogo cruzado fronteiriço com Israel desde 08 de outubro do ano passado, um dia depois do seu aliado palestiniano Hamas ter atacado solo israelita.

Os ataques israelitas no Líbano intensificaram-se e mataram mais de 2.300 pessoas, sendo que 1.500 morreram nas últimas três semanas.

A campanha de bombardeamentos israelitas, e posteriormente uma incursão terrestre das forças de Telavive, obrigaram mais de 1,2 milhões de pessoas a abandonarem os locais de residência.

A FINUL, criada em março de 1978 pelo Conselho de Segurança da ONU, inclui militares oriundos de 50 países.

Entre os maiores contribuintes estão Indonésia, Itália, Espanha, França, Malásia, Gana, Índia e Irlanda.

Leia Também: "Infraestruturas da FINUL não são alvo", garante exército de Israel

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