Uma mulher, casada com um membro do partido Conservador, no Reino Unido, foi condenada a uma pena de prisão de 31 meses após instigar, por escrito, o ódio racial no seguimento dos esfaqueamentos em Southport.
Lucy Connolly, de 41 anos, pediu "deportação em massa", numa mensagem publicada na rede social X, que foi, entretanto, eliminada, e incentivou, também, que os hotéis que abrigam requerentes de asilo fossem incendiados. "Se isso me torna racista, que o seja", afirmou ainda a antiga ama.
A publicação aconteceu três dias depois de um ataque com arma branca que provocou a morte a três raparigas que estavam a ter uma aula de dança temática sobre a Taylor Swift, em Southport, Merseyside, a 29 de julho. Recorde-se que o crime levou a que, online, fossem feitas acusações falsas que indicavam que o atacante seria um requerente de asilo muçulmano, e culminou em protestos e agitação em várias cidades do Reino Unido.
Algum tempo depois, a residente em Northampton pediu desculpa por agir com base em informações "falsas e maliciosas".
Casada com o conselheiro de West Northamptonshire, Raymond Connolly, Lucy Connolly foi presa no Tribunal da Coroa de Birmingham, na quinta-feira, depois de se declarar culpada de publicar material escrito para incitar ao ódio racial.
"Algumas pessoas usaram essa tragédia como uma oportunidade para semear divisão e ódio, frequentemente através do uso das redes sociais, o que levou à desfiguração de uma série de vilas e cidades", anunciou o juiz, relativamente ao esfaqueamento em julho, e referiu, ainda, que a mulher tinha conhecimento de quão volátil era a situação, e acrescentou que Lucy Connolly tinha encorajado atividades que ameaçavam ou colocavam a vida em perigo.
Lucy Connolly foi condenada a cumprir 40% da sentença, de 31 meses de prisão, antes de ficar em liberdade condicional.
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