"Neste momento não podemos confirmar as informações de que há militares da Coreia do Norte a combater ativamente na Rússia ou a caminho", disse Mark Rutte, em conferência de imprensa no quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas, ao final da manhã de hoje.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) foi questionado sobre as informações disponibilizadas pela Coreia do Sul sobre alegados militares norte-coreanos, incluindo das forças especiais, que estariam a caminho da Rússia para integrar os batalhões que estão nos territórios ucranianos ocupados.
Mark Rutte disse que estava em contacto com Seul para confirmar essas alegações e que a NATO faria uma avaliação própria se se confirmassem as informações.
O antigo primeiro-ministro dos Países Baixos advertiu, no entanto, que mesmo que a Coreia do Norte "não esteja fisicamente lá [na Ucrânia ou na Rússia], está a alimentar a guerra de agressão de todas as maneiras possíveis".
No final da reunião ministerial de dois dias, que contou com a presença do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no Conselho NATO-Ucrânia, e a participação dos países parceiros da região do Indo-Pacífico (Coreia do Sul, Japão, Austrália, Nova Zelândia), Mark Rutte disse que os 32 países da NATO estão a investir mais, por exemplo, em 1.000 mísseis MIM-104 Patriot e também em aeronaves de combate.
Na quinta-feira, Volodymyr Zelensky denunciou a presença de 10.000 militares norte-coreanos a caminho da Rússia para combater na Ucrânia e reforçar as posições russas.
Nesse dia a NATO não se pronunciou, mas durante a madrugada, Seul avançou com a informação de que militares norte-coreanos estariam a preparar-se para viajar para o território russo.
O Presidente da Ucrânia também apresentou aos ministros da Defesa dos 32 Estados-membros da NATO o seu plano para a vitória. Em cinco pontos, Zelensky delineou uma estratégia que assenta num convite incondicional para aderir à NATO.
A promessa já tinha sido feita no passado, mas a NATO colocou várias condições a um convite, nomeadamente, o fim do conflito iniciado pela Rússia há mais de dois anos.
Mas Zelensky pediu um convite sem condições como forma de dissuadir a Rússia e pressionar Moscovo para um cessar-fogo e negociações de paz posteriores.
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