"[O líder palestiniano] é uma fonte de inspiração para os combatentes da resistência na região", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, num comunicado, em que garantiu que a "causa da libertação da Palestina da ocupação [israelita] está agora mais viva do que nunca".
O movimento islamita palestiniano faz parte do "Eixo de Resistência", um grupo de organizações armadas alinhadas com o Irão no Médio Oriente, entre elas o Hezbollah libanês e os Hutis no Iémen, que têm como alvo Israel e o seu maior aliado, os Estados Unidos.
Num comunicado separado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano afirmou condenar "veementemente [...] o assassínio" de Sinwar por Israel.
O Presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, por sua vez, ao condenar a morte de Sinwar, garantiu que a "resistência" palestiniana não "parará" com o assassínio do líder do Hamas.
Por seu lado, em Sanaa, e na rede social X, os rebeldes Hutis prestaram homenagem a Sinwar, morto quarta-feira num ataque israelita, e garantiram que Gaza e a causa palestiniana "triunfarão, por maior que seja o sacrifício".
"As nossas sinceras condolências [...] ao Hamas e ao povo palestiniano pelo martírio do grande líder Yahya Sinwar, que lutou pela causa mais nobre e mais justa", escreveu o seu porta-voz dos Hutis, Mohammed Abdelsalam, no X.
Telavive anunciou na quinta-feira que Yahya Sinwar, mentor do ataque de 07 de outubro de 2023 contra Israel, tinha sido morto durante uma operação militar no sul da Faixa de Gaza.
O Irão não reconhece o Estado de Israel, seu inimigo declarado, e fez do apoio à causa palestiniana um dos pilares da sua política externa desde a Revolução Islâmica de 1979.
Na véspera da nomeação de Sinwar como chefe do Hamas, em agosto, o líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, publicou no seu portal um vídeo de um raro encontro com ele, que remonta a 2011.
Na altura, Yahya Sinwar era membro da delegação do movimento islamita palestiniano liderada por Ismail Haniyeh, o antigo líder do grupo morto em Teerão em julho e a quem sucedeu.
Durante o encontro, Ismail Haniyeh apresentou Yahya Sinwar a Khamenei como "um irmão que passou 25 anos nas prisões israelitas".
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