Um comunicado do Gabinete de Comunicação Social do Governo na Faixa de Gaza refere que o "exército de ocupação israelita continua uma clara guerra de limpeza étnica, erradicação e extermínio, desta vez no projeto Beit Lahia, na província norte da Faixa de Gaza, onde cometeu um massacre horrível".
A imprensa local, citada pela agência de notícias oficial palestiniana Wafa, também relatou o ataque e acrescentou que muitas pessoas ainda estão sob os escombros e, devido aos bombardeamentos e ataques de artilharia do exército israelita, as equipes de resgate não conseguem alcançá-las.
Além disso, segundo a Wafa, drones (aparelhos voadores não tripulados) israelitas dispararam contra tendas "que abrigavam famílias deslocadas no pátio do Hospital Kamal Adwan", na mesma cidade.
Fontes do Ministério da Saúde de Gaza confirmaram hoje à EFE que quase 500 pessoas foram mortas desde que as tropas israelitas retomaram a ofensiva em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, há mais de 15 dias.
Indicaram ainda que o cerco a que estão sujeitos os principais hospitais os deixou praticamente sem capacidade para tratar doentes.
Na madrugada de hoje, tanques israelitas cercaram e dispararam contra os três principais hospitais do norte, cruciais para tratar os feridos nesta área.
"A ocupação israelita está a intensificar os seus ataques ao sistema de saúde no norte da Faixa de Gaza, sitiando e atacando diretamente os três hospitais no norte durante as últimas horas", denunciou um porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza.
Os ataques israelitas continuaram também a atingir o campo de refugiados de Jabalia, o maior da Faixa de Gaza, nas últimas horas, segundo fontes locais que disseram à EFE que milhares de pessoas estão sem comida ou bebidas por causa do cerco e que há dezenas de corpos espalhados nas ruas.
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA) disse que na sexta-feira cerca de 20.000 pessoas foram forçadas a deixar o campo devido à intensidade dos ataques.
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