"Muito bem, República da Moldova! Obrigado pela vossa coragem", escreveu Roberta Metsola na rede social X (antigo Twitter).
A líder do Parlamento Europeu também agradeceu a Maia Sandu (pró-ocidental), chefe de Estado da Moldova desde 2020 e que no domingo também disputou a reeleição presidencial, pela "liderança e coragem que alteraram o curso da História".
"A Europa é Moldova. A Moldova é Europa", afirmou ainda Metsola.
Well done Republic of Moldova! Thank you for your bravery.
— Roberta Metsola (@EP_President) October 21, 2024
Thank you @sandumaiamd. Your leadership and courage have changed the course of history.
Europa este Moldova. Moldova este Europa.
Our future will be written together 🇪🇺🇲🇩 pic.twitter.com/ZazzoVgtce
O "sim" no referendo à inclusão da adesão à União Europeia (UE) como um objetivo nacional na Constituição da Moldova obteve 50,39% dos votos, segundo os resultados preliminares apresentados hoje pela Comissão Eleitoral Central (CEC).
A CEC indicou tratar-se de resultados que correspondem a 99,41% dos votos, faltando ainda concluir a contagem dos votos do estrangeiro.
A Moldova candidatou-se à adesão à UE em março de 2022, tendo-lhe sido concedido o estatuto de país candidato em junho do mesmo ano.
Em dezembro de 2023, os dirigentes da UE decidiram iniciar as negociações de adesão.
Nas eleições presidenciais de domingo, que ocorreram em simultâneo com o referendo, a atual Presidente Maia Sandu ficou em primeiro lugar (cerca de 42% dos votos).
Mas terá agora de disputar uma segunda volta, prevista para 03 de novembro, com o candidato pró-russo Alexander Stoianoglo, que obteve 26% dos votos.
A Rússia já declarou que os resultados das eleições presidenciais e do referendo apresentaram "anomalias" e levantam muitas questões.
Com cerca de 2,5 milhões de habitantes, a Moldova situa-se entre a Roménia e a Ucrânia.
A região separatista moldava da Transnístria ganhou destaque após o início da guerra na Ucrânia (em fevereiro de 2022) devido aos laços com a Rússia e à sua importante posição geoestratégica.
Kiev chegou mesmo a denunciar alegadas incursões russas na Ucrânia ocidental a partir da região separatista.
A Rússia mantém um contingente de 1.500 soldados na Transnístria, cujos separatistas pró-Moscovo controlam o território desde a guerra civil na Moldova, em 1992.
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