Macron diz a Netanyahu que ONU deve desempenhar todo o seu papel Líbano

O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou hoje numa conversa telefónica com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que a ONU deve desempenhar "todo o seu papel" no Líbano para permitir o regresso dos civis, anunciou o Eliseu.

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© BENOIT TESSIER/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
21/10/2024 14:23 ‧ 21/10/2024 por Lusa

Mundo

Líbano

As Nações Unidas devem "desempenhar plenamente o seu papel no sul do Líbano, para permitir que a população civil regresse às suas casas, em segurança, de ambos os lados da fronteira entre o Líbano e Israel", disse o chefe de Estado francês, de acordo com a Presidência francesa.

 

Emmanuel Macron pediu ao primeiro-ministro israelita que "as infraestruturas sejam preservadas, que a população civil seja protegida e que um cessar-fogo seja estabelecido o mais rapidamente possível" no Líbano, acrescentou o Palácio do Eliseu.

Desde outubro de 2023, mais de 2.100 pessoas foram mortas no Líbano, a maioria das quais desde a escalada de 23 de setembro deste ano, quando o exército israelita intensificou a sua ofensiva contra o grupo xiita libanês Hezbollah, com bombardeamentos no sul do Líbano e na capital, Beirute.

No início do mês, o exército israelita lançou também uma incursão terrestre no sul do Líbano.

No dia 11 de outubro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês anunciou que tinha convocado o embaixador de Israel em França após "disparos israelitas deliberados" contra a força de manutenção da paz da ONU no Líbano (FINUL), com registo de alguns capacetes azuis feridos.

No início de setembro deste ano, a FINUL era composta por um total de 10.058 soldados da paz oriundos de 50 países contribuintes, entre eles França, Indonésia, Itália, Espanha, Malásia, Gana, Índia e Irlanda.

Em 24 de outubro, Paris acolherá a conferência internacional de apoio ao Líbano, convocada pelo Presidente francês, para mobilizar assistência dos Estados parceiros, das Nações Unidas, da União Europeia e das organizações internacionais, regionais e da sociedade civil, segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.

O objetivo "será mobilizar a comunidade internacional para responder às necessidades de proteção e de ajuda de emergência do povo libanês e identificar os meios de apoiar as instituições libanesas, em particular as Forças Armadas libanesas, que são os elementos de estabilidade interna do país", segundo o Ministério.

Leia Também: Ofensiva no Líbano provoca mais de 1,2 milhões de deslocados

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