Em declarações a partir da Jordânia, Blinken também pediu aos rebeldes que "destruam em segurança" as reservas de armas químicas de Assad, que fugiu para a Rússia com a tomada de Damasco no domingo.
Blinken reuniu-se em Aqaba com o rei Abdullah II da Jordânia e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Ayman Safadi, a quem garantiu o apoio norte-americano a uma transição política que "conduza a um governo sírio responsável e representativo".
De acordo com um comunicado do Departamento de Estado citado pela agência espanhola EFE, Blinken referiu "a importância de todos os intervenientes na Síria respeitarem os direitos humanos".
Os grupos sírios devem também defender o direito humanitário internacional e tomar todas as medidas necessárias para proteger os civis, especialmente as minorias, referiu.
Blinken apelou ao governo rebelde liderado pela aliança islamista Hayat Tahrir al Sham (HTS) para que facilite "o acesso humanitário em toda a Síria, nomeadamente às prisões e centros de detenção do antigo regime".
Blinken fez o apelo depois de os rebeldes terem libertado hoje um norte-americano e se terem comprometido a cooperar com Washington para encontrar outros raptados pelo regime de Assad, como o jornalista Austin Tice, desaparecido na Síria desde 2012.
O secretário de Estado norte-americano apelou também aos rebeldes para que "impeçam que a Síria seja utilizada como base para o terrorismo ou que constitua uma ameaça para os seus vizinhos".
"Garantam que todos os 'stocks' de armas químicas são protegidos e destruídos de forma segura", acrescentou.
A HTS, ou Organização de Libertação do Levante, que liderou os rebeldes que derrubaram Bashar al-Assad, prometeu tolerância para com as diferentes seitas e credos do país.
A HTS, que tomou o controlo das principais cidades sírias e declarou Damasco livre no domingo, após uma ofensiva que durou apenas 12 dias, é a herdeira da Frente al-Nusra, uma antiga filial da Al-Qaida na Síria.
A coligação liderada pela HTS integra atualmente uma variedade de fações rebeldes, incluindo os pró-turcos.
Leia Também: Uma em cada oito pessoas no mundo estão expostas a conflitos