Israel reivindica detenção de sete palestinianos por espionagem para Irão

A polícia israelita declarou hoje ter detido sete palestinianos por espionagem a favor do Irão e por tentativa de assassínio, segundo um comunicado.

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© AHMAD GHARABLI/AFP via Getty Images

Lusa
22/10/2024 16:00 ‧ 22/10/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"O Shin Bet [Serviço de Segurança Interna de Israel] e a Unidade Central de Investigação da Polícia Distrital de Jerusalém prenderam sete residentes do bairro de Beit Safafa", em Jerusalém Oriental, uma zona da Cidade Santa ocupada e anexada por Israel, informou a polícia em comunicado.

 

"Estes indivíduos, liderados por iranianos, planeavam assassinar um cientista israelita de topo e o presidente da câmara de uma grande cidade israelita", acrescenta o comunicado.

"Cientistas, presidentes de câmara, responsáveis pela segurança e outras personalidades israelitas são alvos de agentes iranianos", afirmou um funcionário do Shin Bet citado no comunicado, acrescentando que "a investigação sublinha os esforços do Irão para recrutar cidadãos israelitas para fins terroristas".

A notícia surge um dia depois de um anúncio semelhante da polícia, que na segunda-feira afirmou ter detido sete israelitas acusados de espionagem a favor do Irão, através da recolha de informações "sensíveis" sobre bases militares e instalações energéticas.

Em setembro, já tinha sido detido em Israel um israelita acusado de conspirar com o Irão para assassinar o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Israel está atualmente envolvido num conflito em várias frentes com grupos apoiados pelo Irão, como o Hezbollah, no Líbano, o Hamas, em Gaza e os rebeldes Huthis, no Iémen, além de ter prometido igualmente a retaliar contra o ataque de mísseis lançado por Teerão a 01 deste mês.

O Irão justificou o ataque como uma resposta ao assassínio do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, no final de setembro, na sequência de um ataque israelita a Beirute, e ao do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, numa explosão em Teerão, atribuída a Israel.

Leia Também: Blinken visita Médio Oriente pela 11.ª vez desde início do conflito

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