"Não creio que os militares e os dirigentes russos precisem dos norte-coreanos", disse Alexander Lukashenko, a caminho de Kazan, na Rússia, para participar na cimeira dos países BRICS, onde será discutida a possível adesão da Bielorrússia ao grupo.
Lukashenko salientou que "há gente suficiente na frente ucraniana" depois de os ucranianos terem fugido da guerra, acrescentou.
"A diferença é significativa, por isso não creio que isto possa acontecer. Não tenho qualquer informação de que os norte-coreanos estejam lá ou venham a estar", afirmou.
Lukashenko insistiu que "muito provavelmente" não, porque a Rússia sabe que se der esse passo "haverá medidas de retaliação" e Moscovo, sublinhou, não quer isso.
No caso de as tropas da NATO entrarem no país, "haverá outra guerra", disse o Presidente bielorrusso à agência noticiosa estatal Belta.
Nesse caso, "o exército russo poderá ir buscar as suas armas mais perigosas aos seus armazéns", alertou Lukashenko, que garantiu que o presidente russo, Vladimir Putin, nunca utilizaria as armas instaladas em território bielorrusso sem o seu consentimento.
"Esta arma não pode ser utilizada sem a minha autorização. Mas se a Bielorrússia precisar dela, será utilizada (...) Não se pode chantagear o mundo com a utilização de armas nucleares. Não as utilizaremos se a situação for a atual", assegurou.
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