"A Coreia do Sul não vai ficar de braços cruzados" perante o envio de soldados da Coreia do Norte para a Rússia, disse Yoon Suk-yeol, no final de um encontro com o homólogo da Polónia, Andrzej Duda, em visita ao país asiático.
Os dois dirigentes consideram que este destacamento é "uma provocação que ameaça a segurança mundial, além da península coreana e da Europa", acrescentou Yoon.
Além de questões de interesse bilateral, os dois líderes debateram o alegado envio de tropas norte-coreanas para a Ucrânia para apoiar a Rússia, decisão que Seul e Kiev denunciaram na semana passada.
Embora a aproximação entre Seul e Varsóvia tenha sido reforçada pelo conflito na Ucrânia, a Polónia tem sido o parceiro comercial mais importante da Coreia do Sul na Europa Oriental há mais de cinco anos, com um comércio superior a 10 mil milhões de dólares (cerca de 9,3 mil milhões de euros) no ano passado.
Em 2022, ano em que começou a invasão russa da Ucrânia, a Polónia assinou um acordo no valor de mais de 12 mil milhões de dólares (cerca de 11 mil milhões de euros) para comprar tanques K2, projéteis de autopropulsão K9, sistemas de mísseis Chunmoo e caças ligeiros FA-50 nos próximos anos.
Varsóvia também assinou recentemente um contrato para localizar a produção de um dos mísseis disparados pelo lançador Chunmoo.
Na sexta-feira, Duda vai visitar as fábricas da Hyundai Rotem e da Hanwha Aerospace, duas das empresas que fabricam uma grande parte das armas adquiridas por Varsóvia.
Ao mesmo tempo, a crescente cooperação bilateral em matéria de segurança levou Seul a adquirir recentemente mais de uma centena de 'drones' suicidas Warmate 3, fabricados pela polaca WB Electronics, para fazer frente ao cada vez mais sofisticado arsenal da Coreia do Norte.
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