"Os bandidos mataram três pessoas, todas civis, é uma situação que nos deixou tristes porque já estávamos conformados com a calma" disse uma fonte próxima de uma das vítimas a partir de Mocímboa da Praia.
O ataque a Awasse aconteceu por volta das 20h00 (19h00 em Lisboa) de quarta-feira (23), com um grupo armado a disparar indiscriminadamente contra populares, nas proximidades da localidade.
"Houve pânico sim, não se dormiu, na aldeia" disse, acrescentando que as Forças de Defesa e Segurança foram chamadas a intervir para repelir a invasão dos rebeldes.
"Houve uma pronta resposta da força de Awasse", acrescentou a mesma fonte.
Localizada ao longo da estrada nacional EN380, a comunidade de Awasse fica no entroncamento entre os distritos de Mueda e Mocímboa da Praia a menos de 50 quilómetros da sede distrital.
O ataque de quarta-feira voltou a causar o pânico dos populares, sobretudo os camponeses que preparam as suas terras para a época chuvosa que se avizinha.
Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.
O último grande ataque deu-se em 10 e 11 de maio, à sede distrital de Macomia, com cerca de uma centena de insurgentes a saquearem a vila, provocando vários mortos e fortes combates com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e militares ruandeses, que apoiam Moçambique no combate aos rebeldes.
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