O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, disse em conferência de imprensa que as autoridades chinesas "sempre mantiveram uma posição consistente e clara" sobre o conflito.
Lin Jian manifestou a sua esperança de que "todas as partes se esforcem por desanuviar a situação e se empenhem numa solução política".
De acordo com os serviços secretos sul-coreanos, Pyongyang já terá enviado 3.000 soldados para a Rússia, onde estão a treinar para combate, embora, segundo Seul e Kyiv, a Coreia do Norte possa mobilizar até 12.000 soldados.
O secretário da Defesa dos EUA, Lloyd J. Austin, afirmou na quarta-feira que as tropas norte-coreanas tinham sido efetivamente enviadas para a linha da frente, embora não tenha mencionado números.
Desde o início da guerra na Ucrânia, a China tem mantido uma posição ambígua, apelando ao respeito pela "integridade territorial de todos os países", incluindo a Ucrânia, e à atenção às "preocupações legítimas de todos os países", em referência à Rússia.
A China e a Coreia do Norte celebram este ano o seu "ano de amizade", por ocasião do 75º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas, mas os intercâmbios entre os dois países em 2024 foram limitados, numa altura em que as relações bilaterais terão arrefecido, coincidindo com a forte aproximação entre Pyongyang e Moscovo.
No entanto, a China continua a ser o principal parceiro estratégico e comercial da Coreia do Norte, com a qual partilha uma fronteira de mais de 1.400 quilómetros.
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