"As eleições foram falsificadas e os resultados são ilegítimos. Não queremos legitimá-los com os votos que foram roubados ao povo georgiano e renunciamos aos mandatos", afirmou a cabeça de lista do partido, Nana Malashjia.
O bloco Coligação para a Mudança foi a segunda força política mais votada nestas eleições, recolhendo 11,3% dos votos, o que lhe dá direito a 18 lugares.
A situação é uma repetição do que aconteceu nas eleições legislativas de 2020, também rejeitadas pela oposição, que boicotou os trabalhos do parlamento e organizou protestos maciços em frente à legislatura, alguns deles violentos.
O secretário executivo do Sonho Georgiano, Mamuka Midnaradze, propôs a toda a oposição que não entre no parlamento.
"Assim, haverá um bom ambiente de trabalho no parlamento, sem sabotagem. Deixem-nos retirar todas as suas listas da Comissão Eleitoral Central. E nós vamos trabalhar", afirmou.
Entretanto, as autoridades eleitorais concluíram a contagem do número total de votos, depois de anularem os resultados de uma assembleia de voto na cidade de Marneuli, onde se registou uma violação das regras eleitorais.
O Sonho Georgiano mantém a sua maioria parlamentar, com 53,92% dos votos, e os restantes quatro blocos da oposição obtiveram, em conjunto, 37,78% dos votos.
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