"Ao mesmo tempo, o nosso embaixador em Teerão (...) protestou com a maior firmeza contra o assassinato de Jamshid Sharmahd", indicou o ministério numa mensagem publicada na rede social X, especificando que o embaixador alemão foi também "chamado de volta a Berlim para consultas".
O dissidente alemão de origem iraniana Jamshid Sharmahd, de 69 anos, foi executado na segunda-feira pelo Governo iraniano, depois de ter sido considerado culpado de ter participado no atentado bombista perpetrado em 2008 numa mesquita da cidade de Shiraz, no sul do Irão, que matou 14 pessoas e feriu 300, acusações veementemente negadas pela família.
O Irão acusou Sharmahd, que vivia em Glendora, na Califórnia, Estados Unidos da América, de planear aquele ataque e outros através da Assembleia do Reino do Irão e do seu braço militar Tondar.
Teerão acusou ainda Sharmahd de "revelar informações confidenciais" sobre locais de mísseis da Guarda Revolucionária paramilitar do Irão durante um programa televisivo em 2017.
"Sem dúvida, a promessa divina em relação aos apoiantes do terrorismo será cumprida. E esta é uma promessa definitiva", afirmou o poder judicial ao anunciar a sua sentença.
A família de Sharmahd contestou as acusações e tem estado empenhada, há vários anos, em libertá-lo, depois de o dissidente ter sido detido pelas autoridades iranianas em julho de 2020, quando viajava pelos Emirados Árabes Unidos.
Na segunda-feira, a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã condenou o "regime desumano" de Teerão, afirmando que a execução "mostra, mais uma vez, o tipo de regime desumano que reina em Teerão: um regime que usa a morte contra os seus jovens, a sua própria população e cidadãos estrangeiros".
Annalena Baerbock lembrou ainda os vários avisos feitos por Berlim de que "a execução de um cidadão alemão teria consequências graves".
Também a União Europeia (UE) condenou "o mais veementemente possível", a execução de Jamshid Sharmahd, anunciando que está a ser considerada uma resposta.
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