Organizações denunciam atum em lata "contaminado" em países europeus

Os grupos Foodwatch e Bloom fizeram testes em laboratórios independentes em atum em conserva de vários países e deram conta de níveis de atum elevados. Os grupos pedem que a Comissão Europeia 'aperte' as regras, para que este peixe fique ao mesmo 'nível' de todos os outros.

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© Gregory Rec/Portland Press Herald via Getty Images

Notícias ao Minuto
29/10/2024 15:28 ‧ 29/10/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Atum

Conservas de atum em muitos países na Europa estão contaminados com níveis perigosos de mercúrio, de acordo com o que dois grupos ambientalistas denunciam esta terça-feira.

 

Segundo a Foodwatch e a Bloom, é preciso que sejam reduzidos os níveis permitidos deste metal pesado e é também necessário que as autoridades tomem medidas "urgentes".

De acordo com o grupo Bloom, foram selecionadas aleatoriamente 148 latas de atum no Reino Unido, França, Itália, Alemanha e Espanha, e testadas num laboratório. Todas "estavam contaminadas com mercúrio", explica o grupo, citado pela agência France-Presse.

O grupo, que faz campanha pela proteção dos oceanos, garantiu que em mais de metade das latas o nível de mercúrio era superior ao limite máximo de 0,3 miligramas por quilograma para o mercúrio noutros peixes.

Segundo a associação, os níveis de mercúrio atualmente aceites são de um miligrama por quilo, tendo sido estabelecidos para garantir que "95%" do atum capturado seja vendido.

"Esta é a razão pela qual o atum, uma das espécies mais contaminadas, tem uma tolerância máxima de mercúrio três vezes superior à das espécies menos contaminadas", referiu o Bloom.

Os dois grupos dão conta de que não há nenhuma "razão de saúde" que justifique a diferença entre os níveis estabelecidos entre o atum e outros peixes. "O mercúrio não é menos tóxico se for ingerido com o atum. Apenas conta a concentração de atum", referem.

Os grupos disseram ainda que a Comissão Europeia deverá apertar os níveis de mercúrio permitidos para o atum, de modo a torná-los equivalentes aos de outros peixes, com 0,3 miligramas por quilograma.

Os grupos afirmaram que a Comissão Europeia tem de endurecer os níveis de mercúrio permitidos no atum, de modo a torná-los equivalentes aos de outros peixes, com 0,3 miligramas por quilo.

"Exigimos que as autoridades públicas reforcem a regulamentação e, sem demora, que os distribuidores não vendam produtos acima do nível mais protetor", explicou uma das responsáveis pela Foodwatch.

Leia Também: Portugal defende maior quota de pesca de atum-patudo para as Ilhas

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