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Segunda maior cidade do Paquistão regista recorde histórico de poluição

A poluição atmosférica em Lahore, a segunda maior cidade do Paquistão, atingiu hoje um recorde histórico, mais de 80 vezes superior ao considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS), disse um responsável governamental.

Segunda maior cidade do Paquistão regista recorde histórico de poluição
Notícias ao Minuto

02/11/24 06:51 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Mundo Paquistão

O índice de qualidade do ar atingiu um pico de 1.067 de madrugada, antes de descer para cerca de 300 esta manhã.

 

"Nunca atingimos o nível de 1.000" em Lahore, disse à agência de notícias France-Presse Jahangir Anwar, um alto funcionário da proteção ambiental do governo local.

A qualidade do ar é considerada como má acima de 180, de acordo com os critérios da OMS.

Também na capital da vizinha Índia, Nova Deli, o índice da qualidade do ar desceu na sexta-feira para a categoria "severo", de acordo com a principal agência de monitorização ambiental da Índia. Em muitas áreas, os níveis de partículas mortais atingiram sete vezes o limite de segurança da OMS.

As autoridades da capital apontaram o dedo ao fumo dos fogos de artifício utilizados para celebrar o Diwali, o festival hindu das luzes, uma das festividades mais importantes do calendário hindu, que terminou na sexta-feira.

Os níveis das partículas mais poluentes da atmosfera aumentaram em 2023 no subcontinente indiano, comparativamente com a média dos últimos 20 anos, anunciou ONU no início de setembro.

De acordo com um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), no caso da Índia e dos países vizinhos, o aumento foi atribuído ao crescimento da indústria e de outras atividades humanas.

Calcula-se que a poluição atmosférica provoque mais de 4,5 milhões de mortes prematuras anualmente, enquanto no setor agrícola veja reduzida a produtividade em muitas regiões, afirmou a OMM, que apontou o subcontinente indiano entre as zonas mais afetadas.

Análises efetuadas na China e na Índia mostram que as partículas poluentes do ar podem diminuir a produtividade até 15% em zonas muito contaminadas, reduzindo a quantidade de luz solar que chega às culturas e bloqueando a ação reguladora do vapor e do dióxido de carbono das folhas de muitas plantas.

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