Papa pede que guerra seja banida no mundo e volta a apelar à paz
O Papa Francisco pediu hoje, na oração do Angelus, que a guerra seja banida em todo o mundo, como apela o artigo 11 da Constituição italiana, e reiterou o apelo à paz nos países em conflito armado.
© ALBERTO PIZZOLI/AFP via Getty Images
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Perante quase 20.000 fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, o pontífice quis enviar uma saudação aos voluntários da organização não-governamental Emergency, no sul de Roma, "comprometida com a aplicação do artigo 11 da Constituição italiana".
De seguida leu o artigo na íntegra: "A Itália repudia a guerra como instrumento de ofensa à liberdade de outros povos e como meio de resolução de disputas internacionais; consente, em igualdade de condições com os outros Estados, nas limitações de soberania necessárias para uma ordem que garanta a paz e a justiça entre as nações; promova e incentive as organizações internacionais direcionadas para esse fim".
"Que este princípio seja aplicado em todo o mundo, que a guerra seja banida, que os problemas sejam enfrentados com a lei e a negociação, que as armas sejam silenciadas e que seja dado espaço ao diálogo. Rezemos pela atormentada Ucrânia, Palestina, Israel, Myanmar, Sudão do Sul", apelou o Papa Francisco.
Este é mais um dos numerosos apelos feitos por Francisco a favor da paz, que hoje, numa mensagem por ocasião do centenário da criação da Administração Apostólica da Estónia, afirmou que a guerra na Ucrânia recorda "os momentos mais obscuros" da história da Europa.
"Espero que, à medida que os católicos estónios procuram construir uma sociedade enraizada na paz, na justiça, na solidariedade e na dignidade de cada pessoa humana, cooperem cada vez mais com homens e mulheres de outras confissões cristãs para dar testemunho unido das promessas de Deus", escreveu na mensagem dirigida a monsenhor Philippe Jourdan, bispo de Tallinn.
Para Francisco, "isto é particularmente importante no contexto da atual guerra na Europa", que diz ser "uma fonte de profunda ansiedade e ecoa tragicamente os momentos mais sombrios dos anos passados".
O pontífice também pediu que "os cristãos estónios, juntamente com todas as pessoas de boa vontade, estendam a mão da amizade aos refugiados e aos mais vulneráveis".
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