A visita ocorre no meio de tensões acrescidas entre os dois países na sequência do ataque ao consulado chinês em Mandalay, a 19 de outubro passado, que causou apenas danos materiais.
Desde o golpe de Estado, Myanmar mergulhou numa grave crise económica e humanitária.
Os grupos rebeldes continuam a lutar contra os militares em várias partes do país, o que afetou gravemente as zonas fronteiriças com a China, onde existem passagens comerciais vitais para ambos os países.
Segundo a estação de televisão birmanesa MRTV, Hlaing deverá participar esta semana em várias cimeiras económicas que lhe permitirão manter reuniões à margem com as autoridades chinesas para trabalhar na melhoria das relações bilaterais em vários setores.
A deterioração do exército birmanês, face aos rápidos avanços dos combatentes rebeldes, fez soar o alarme na China, que fechou completamente partes da fronteira para evitar que a violência se estendesse ao seu território.
No entanto, Pequim tem interesses económicos estratégicos em Myanmar -- principalmente no setor da energia - e também exporta armas para a junta militar, cujo plano de transição afirmou apoiar, apesar de as tão esperadas eleições ainda não se terem realizado.
Em meados de outubro, o Governo chinês apresentou um "protesto solene" à junta militar na sequência do ataque ao consulado em Mandalay e exigiu uma investigação "exaustiva" do incidente.
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