A "mudança súbita" do titular do Ministério da Defesa "pode afetar o destino" dos 97 reféns ainda detidos (34 dos quais entretanto declarados mortos pelo Exército israelita), declarou o Fórum das Famílias, a principal associação de familiares de reféns, num comunicado.
"Esperamos que o novo ministro, Israël Katz, trabalhe em estreita colaboração com os mediadores e a comunidade internacional para garantir a libertação imediata de todos os reféns", acrescentou o Fórum.
Entretanto, em Telavive, centenas de manifestantes se concentraram hoje à noite para condenar a demissão de Yoav Gallant da pasta da Defesa, informou a agência de notícias francesa AFP.
Os manifestantes, munidos de bandeiras israelitas e tambores, bloquearam a grande avenida de Telavive e acenderam fogueiras nas ruas, após o anúncio da demissão de Gallant, para exigir que o Governo israelita chegue a um acordo com o movimento islamita palestiniano Hamas para libertar os reféns ainda mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza.
Já segundo o ministro da Segurança Interna israelita, Itamar Ben Gvir, membro do partido de extrema-direita Otzma Yehudit, Netanyahu "fez bem" em demitir o seu ministro da Defesa, Yoav Gallant.
Com Gallant aos comandos do Exército, "a vitória absoluta não poderia ser alcançada", sustentou Bem Gvir numa mensagem divulgada na plataforma digital Telegram.
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