O ministro libanês do Trabalho em exercício, Mustafa Bayram, anunciou hoje a medida, numa conferência de imprensa em Genebra, um dia depois de se ter reunido com o Diretor-Geral da OIT, Gilbert Houngbo.
A agência noticiosa NNA referiu que a reunião serviu para informar sobre os pormenores da queixa ao organismo da ONU.
Várias regiões do Líbano, incluindo Beirute, foram palco de explosões de aparelhos de comunicação no final de setembro, que resultaram na morte de mais de 40 pessoas e ferimentos em cerca de 3.000, segundo as autoridades libanesas.
O caráter indiscriminado dos atentados, uma vez que houve explosões em locais não militares ou com muita gente, foi criticado pelas Nações Unidas, cujo secretário-geral, António Guterres, apelou contra o uso de objetos civis como armas.
As primeiras investigações conduziram até à empresa taiwanesa Gold Apollo, que rapidamente contrariou as suspeitas, salientando que tinha cedido os direitos de fabrico a uma segunda empresa, a BAC Consulting, sediada na Hungria.
No entanto, o governo húngaro afirmou que a BAC Consulting era apenas um "intermediário comercial", sem capacidade de fabrico dos dispositivos.
Autoridades norte-americanas disseram ao jornal The New York Times que os serviços secretos israelitas conseguiram esconder material explosivo no interior dos dispositivos de comunicação.
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