"Respeitamos a decisão do povo americano e felicitamos Trump pela sua eleição como presidente", reagiu o ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, num curto comunicado.
Um dia antes de ser dada como certa a vitória do candidato republicano sobre a democrata Kamala Harris, Pequim reafirmou a sua posição de respeito pelo processo eleitoral norte-americano, que considera "um assunto interno" dos EUA.
"A nossa política em relação aos Estados Unidos é coerente. Defendemos a gestão das nossas relações com base nos nossos interesses comuns e na cooperação mutuamente benéfica", sublinhou Mao Ning.
Alguns especialistas sublinharam que o regresso de Trump ao poder pode levar a dimensão do pacote de estímulo fiscal que está a ser negociado pelos legisladores chineses esta semana a ser até 20% maior do que estava previsto.
O ex-presidente, que iniciou uma guerra comercial contra a China em 2018, prometeu impor taxas alfandegárias de 60% sobre as importações do país asiático.
Chee Meng Tan, professor de economia empresarial no 'campus' da Universidade de Nottingham na Malásia e especialista em política externa chinesa, disse à agência Lusa que apesar de Trump ser mais suscetível de impor um custo económico à China, a postura isolacionista do republicano favorece Pequim a nível geopolítico, particularmente na questão de Taiwan.
Trump acusa Taipé de "roubar" a indústria de semicondutores dos EUA e defende que o território deve pagar a Washington pela sua defesa.
A ilha, que Pequim reivindica como uma província chinesa, é a principal fonte de fricção entre China e EUA.
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